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F ormação artística profissionalizante para jovens de 17 a 23 anos em situação de vulnerabilidade e risco social, com foco na autonomia de criação e inserção no mercado de trabalho artístico.
Com metodologia única e abrangente, dividida em uma carga horária de 2000 horas-aula em dois anos, o curso disponibiliza conhecimentos práticos e teóricos para que os jovens possam seguir carreira artística e implementar projetos sociais e culturais nas comunidades onde moram, promovendo acesso à cultura e transformação social.
O processo seletivo ocorre a cada dois anos e meio.
Nesses dez anos, Doutores da Alegria focou em um recorte social: jovens entre 17 e 23 anos, com renda familiar de até três salários mínimos, que estivessem ou não estudando na escola formal – com a exigência, para aqueles que abandonaram a escola, de retornarem aos estudos até completar o segundo grau.
A cada dois anos, o programa abre em edital para a seleção de interessados. O requisito compreende breve currículo e uma carta de interesse. Os pré-selecionados passam por uma oficina de seleção, com duração de três dias, com dinâmicas que expõem a metodologia da escola e uma entrevista individual. São selecionados 25 jovens por turma. A turma atual iniciou as aulas em fevereiro de 2018.
Em 2018, o programa passou por uma avaliação do Instituto para o Desenvolvimento Social (IDIS). Utilizando a metodologia do Retorno Social do Investimento (SROI), com foco no impacto sobre os jovens, descobrimos que a cada R$ 1 investido no programa, R$ 2,61 são gerados em benefícios sociais.
Antes do programa, a renda mensal média dos alunos era de R$ 868. Ao final do curso, esse valor é de R$ 2.085, o que significa um aumento de 140% na renda mensal do jovem.
Os dados qualitativos e quantitativos também comprovam que a formação artística consistente realizada pela Escola Doutores da Alegria é capaz de modificar positivamente a maneira como os alunos do curso enxergam o mundo e se colocam nele. Veja aqui os principais resultados da avaliação.
Importante lembrar que o curso não tem relação com a atividade que Doutores da Alegria exerce nos hospitais.
O programa tem uma metodologia única com duração de três anos – os dois primeiros com aulas diárias e o terceiro ano opcional com encontros pontuais e acompanhamento de projetos. A Escola dos Doutores da Alegria redimensiona expectativas e o entendimento da linguagem do palhaço através das várias frentes, como o circo e o teatro físico.
O curso tem por base a linha evolutiva do teatro no Ocidente, cujo recorte se dá a partir do Renascimento, e localiza a figura do palhaço artisticamente em toda a sua dimensão político/social, em paralelo com o desenvolvimento de habilidades. Os elementos fundamentais da metodologia da Escola levam em conta a experiência que o Doutores da Alegria tem no hospital: o olhar, a escuta e a percepção de si e do outro são valores e princípios que regem a prática em sala de aula. A experiência, a repetição e o treino constantes são partes inerentes a essa metodologia, que tem a observação como fonte de inspiração.
As aulas compreendem o aprendizado de técnicas e linguagens artísticas, e criam a base para investigar com propriedade a máscara do palhaço, que aos poucos vai ganhando estofo, caráter e personalidade.
O Programa de Formação de Palhaço para Jovens completou 15 anos em 2019. O objetivo do curso é oferecer formação na linguagem do palhaço e gerar experiências artísticas com o foco na constituição da autoria, da autonomia de criação, valorizando o permanente processo de aprendizagem por meio do estudo, do treino e da pesquisa. O programa também fornece instrumentos para formar artistas implicados nas questões de seu tempo, propositivos a partir de uma leitura crítica da realidade. É gratuito, financiado por leis de incentivo à cultura e por instituições públicas e privadas que têm garantido a sua continuidade.
O programa tem atraído jovens de São Paulo e de outros Estados pelo crescente interesse numa formação que garanta a entrada no mercado artístico de trabalho. Hoje, 80% dos estudantes formados atuam no mercado, em suas comunidades de origem, grupos e companhias de circo e de palhaços, no teatro, na TV, no cinema e alguns em organizações que atuam em hospitais.
Com a continuidade de suas pesquisas, mudam a realidade pessoal, familiar e social em que vivem. Muitos são referências para os mais jovens, que acabam por bater à nossa porta em busca do conhecimento que lhes foi inspirado.
A troca de experiências entre os artistas e a interação com o público abrem caminho para a reflexão da arte e seu papel na sociedade e revelam o pensamento de uma escola implicada em formar e difundir com excelência a linguagem do palhaço. Nesta busca, os jovens e a Escola Doutores da Alegria dão um passo importante para reforçar uma nova geração de artistas.