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Viva o mais chorão!

8 de maio de 2013
Tempo de leitura: 1 minutos

Doutores da Alegria

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Ao entrarmos num dos quartos da Clínica Pediátrica do Hospital Geral do Grajaú, em São Paulo, encontramos uma criança que chorava muito durante a intervenção de uma enfermeira.

Por favor, nada de condenar a equipe de Enfermagem que sempre faz o possível e o impossível para dar o melhor atendimento a todos os pacientes! Mas às vezes a situação é tão delicada que a criança pode estar assustada, cansada, com dor… E aí o choro é inevitável!

Os outros pacientes e acompanhantes estavam em silêncio no quarto. Ficamos perto de uma das paredes, só esperando. Assim que a enfermeira finalizou o atendimento, a Dra. Guadalupe pegou a xícara de café que a Dra. Lola Brígida leva no bolso de seu jaleco e se aproximou do menino.

J., você pode chorar um pouquinho aqui para mim? – disse, indicando a xícara –  É que lá em casa acabou a água e meu peixe está sem água no aquário!

E ele logo começou a rir.

Ainda com seriedade, a Dra. Guadalupe pedia encarecidamente que ele chorasse mais um pouco, mas J. ria mais e mais.

Vendo que o pedido não seria aceito, foi preciso que a Dra. Guadalupe apelasse para os presentes pedindo que chorassem todos ao mesmo tempo. Quando as besteirologistas deram o sinal, cantaram as goelas e estremeceram as campainhas! Surgiu então a ideia: fariam um concurso de “choros” naquele quarto, e ao final elegeriam o melhor chorão.

Cada um fez o melhor que pôde: houveram choros finos, compridos, agudos, graves e breves. Gargalhadas disfarçadas que se esforçavam para parecerem lágrimas. E no final, quando as besteirologistas fizeram “unidunitê” para imparcialmente decidirem o justo vencedor, adivinhem quem ganhou?

O J., claro!

Levou a medalha de ouro como melhor chorador! Na hora da premiação, porém, enquanto a Dra. Lola carregava a medalha, a corneta de estimação da Guadalupe caiu ruidosamente no chão. Desconsolada, a besteirologista começou a esgoelar! Ah, mas a sua parceira foi esperta e ligeira, lembrando-se da água que precisavam para salvar o peixe. Lola coletou as lágrimas e as duas rapidamente deixaram o quarto, antes que o fornecimento fosse interrompido novamente.

Dra. Guadalupe (Tereza Gontijo)
Dra. Lola Brígida (Luciana Viacava)
Hospital Geral do Grajaú – São Paulo
Março de 2013 

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choro, concurso, enfermeira

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Karina, a Prall
Karina, a Prall
10 a

Adoro as histórias de hospitais. Sempre nos faz entender melhor e melhor o que vcs fazem e o quanto o trabalho de vcs é importante. Parabéns sempre!!
De uma admiradora antiga e sempre fã,
Karina

Karina
Karina
10 a

Assisti uma palestra de vcs e fiquei encantada com esse lindo trabalho…
Que Deus continue abençoando cada um de vcs…. pois vcs merecem…
Grande abraço….

Ivone Areias
Ivone Areias
10 a

Doutores da Alegria,

Valorizo e admiro demais o que vocês fazem pelas pessoas, um momento de alegria que cura e salva vidas….
Amei essa história!
Parabéns pelo lindo trabalho e ministério que fazem !
Beijo.

Sebastiao Espindola Ramiro
Sebastiao Espindola Ramiro
10 a

Deus usa as pessoas iluminadas que sempre traz na manga um jeito de fazer um pouco de felicidade para pacientes principalmente crianças em momento de tristeza por doença de tipo ou de outras com ou mais dores. Parabéns anjos dos leitos .

Isabel (Palhaça Chilena)
Isabel (Palhaça Chilena)
10 a

Adorei!!
Parabens palhaços, lindísimo e necessáreo trabalho que vcs fazem.
São um exeplo para nós.
Um monte de abraços!!
Isabel
(www.sonrisologos.cl)

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