Fortalecer a rede de mulheres palhaças e apresentar ao público as reflexões deste ofício é o tema do I Festival do Maiô, realizado pela Trupe do Maiô agora em março.
A Trupe é formada por ex-alunas do Programa de Formação de Palhaço para Jovens, curso da Escola dos Doutores da Alegria que profissionaliza jovens na linguagem do palhaço. Hoje, Jéssica Alves, Érica Modesto e Angélica Müller continuam os estudos da arte da palhaçaria e trazem suas pesquisas por meio de espetáculos, saraus, intervenções e oficinas.
O Festival do Maiô acontece entre os dias 10 e 11 de março na Biblioteca Municipal Padre José de Anchieta, em São Paulo(Rua Antônio Maia, 651 – Perus) e é gratuito. Entre os destaques da programação, há o espetáculo “Tornadas”, que trata do processo de feminização pelo qual passam as meninas, explorando situações que podem ser curiosas, estranhas, impostas, dolorosas, divertidas, entediantes, entre tantas outras sensações.
Há ainda uma roda de conversa com a atriz Luciana Viacava (do elenco do Doutores) e Daiani Brum (ex-aluna), palestra e a exibição do documentário “Minha avó era palhaço”. Para todas as atividades, basta comparecer ao local.
Chegamos ao final da temporada de estreia do Numvaiduê, o espetáculo de comemoração dos 25 anos de Doutores da Alegria.
Ficamos em cartaz em setembro e outubro no Teatro Eva Herz, em São Paulo, com 11 palhaços em cena. Foram dois meses de apresentação com, felizmente, casa lotada.
Além disso, passamos por dois meses de intensa criação e ensaios. E, antes disso, muito tempo para conseguirmos apoios e projetos para que o espetáculo saísse do papel para as nossas cabeças.
Confesso a vocês que algumas vezes tive receio da estreia.
O processo de criação requer tempo e muitas coisas criadas são descartadas no produto final, um trabalho de abandono do ego de cada um dos palhaços, um eterno pensar no bem de um todo, e não só no individual. Aliás, fiquei muito feliz com o produto que resultou desse trabalho. Reflete e muito, na minha opinião, o que fazemos no hospital.
Em nosso trabalho pontual, deixamos a graça de lado, algumas vezes, para vivermos momentos graciosos, onde o que interessa não é o riso por si só, mas um riso que possui qualidade na relação com o outro. No teatro, apresentamos para 200 pessoas e, no hospital, muitas vezes apenas para paciente e mãe.
Como transportar esse encontro do leito para o palco?
Essa era a minha apreensão e acredito que de todos que participaram do processo. Como representar 25 anos de trabalho de todos os palhaços que já passaram pela instituição Doutores da Alegria? Como transportar para o palco as nuances das mudanças de 25 anos de trabalho? A delicadeza, o poético e o gracioso juntos, sem cair no piegas…?
Acredito que conseguimos. No palco, saímos um pouco da graça do picadeiro, sem desvalorizá-la, e habitamos a graça hospitalar. Sensível, sem pressa, cuidadosa, com olhar apurado e música.
O hospital está lá: em cada seringa, garrote, máscara, luva, enfermaria, berçário, sala de espera…
Por sinal, como retratar uma sala de espera de hospital de uma forma leve, poética e teatral? Eu e Dr. Zequim nos trocamos todas as segundas e quartas em uma salinha colada à “triagem”, onde costumamos falar que se tivéssemos um botão de invisibilidade para passar por lá seria sensacional!
Sabemos que as pessoas que lá estão talvez não queiram nem ver uma dupla de seres estranhos. Dor e apreensão imperam no ar. E respeitamos isso, sem nunca desrespeitar quem tem interesse naquela dupla que por lá passa. Isso requer uma escuta e um olhar apurado e treinado para isso e, principalmente, calma.
Mas não só calma.Todos os dias visitamos as alas que passaremos antes de nos caracterizarmos. Isso nos permite saber se a “triagem” está cheia, vazia, confusa, violenta… E acredito que em Numvaiduê, a presença da “sala de espera” e/ou “triagem” é fundamental. E lá está ela, em duas cenas!
E não tem como deixar de agradecer a todos do Hospital M’boi Mirim que foram nos ver no teatro: médicos, enfermeiros, pessoas da Administração e muitos outros setores. Aos que não puderam ir, não se sintam tristes, pois foram muito bem representados.
E bem, há de haver uma nova temporada ano que vem!
Duico Vasconcelos, conhecido como Dr. Pysthollinnha, escreve do Hospital do M"boi Mirim, em São Paulo.
Nas próximas duas semanas, o Espaço Clariô realiza uma mostra gratuita com apresentações, rodas de conversa, shows e oficinas dedicados ao debate sobre a força política exercida por grupos e coletivos fora do eixo cultural.
A 7° Mostra Mario Pazini de Teatro do Gueto acontece em Taboão da Serra, em São Paulo, e reflete sobre a produção do gueto, estéticas e discursos, além de compartilhar as experiências de coletivos artísticos que desenvolvem seus trabalhos exclusivamente nas periferias ou trazem em sua linguagem e discurso afinidades com o tema.
Para abrir a Mostra, Heraldo Firmino (palhaço formador do Doutores da Alegria) participa da mesa “A pele negra no teatro paulistano” junto ao jornalista e ator Oswaldo Faustino e a atriz Cleyde Queiroz. O encontro acontece nesta quinta, 31 de agosto, às 20h30 na Rua Santa Luzia, 96, em Taboão da Serra.
A Trupe Dunavô, já citada neste Blog, também se apresenta no local dia 7 de setembro às 16h com o espetáculo “Beto Carreto” e às 20h30 com “Refugo Urbano”. Veja aqui toda a programação da mostra, que acontece de 31 de agosto a 11 de setembro. Doutores recomenda!
O Espaço Clariô é mantido pelo Grupo Clariô de Teatro desde 2005. Hoje é um pólo de referência na região, carente de equipamentos culturais. No espaço há atividades de formação, produção e elaboração de pensamento junto à comunidade.
Tão especial quanto indicar espetáculos de artistas do elenco do Doutores da Alegria é recomendar espetáculos com alunos formados pela nossa Escola.
Jovens artistas que enveredaram pelo caminho da arte do palhaço e levam suas criações a espaços pela cidade. Quatro deles, formados pelo Programa de Formação de Palhaço para Jovens, integram o Grupo Manada e apresentam neste mês a peça A Deus Dará.
O mote é um mundo devastado pela guerra, onde três palhaços sobreviventes celebram o ano novo dentro de um bunker, no subsolo de um deserto. Entre as tentativas frustradas de realizar uma festa no limite da precariedade, variando do cômico ao trágico, surgem reflexões sobre a desesperança, a ingenuidade, a sobrevivência e a pequenez humana.
A Deus Daráé apresentado de 5 a 13 de agosto, sábado às 21h e domingo às 19h, na Cia do Pássaro – Voo e Teatro (Rua Álvaro de Carvalho, 177 – Centro, São Paulo). O ingresso custa R$ 20 e a classificação é 14 anos.
Os pequenos pacientes de hospitais do Recife já devem estar com saudade de Dr. Ado e Dr. Lui. É que os besteirologistas fizeram as malas pra passar um tempinho em São Paulo…
Mas calma, criançada, logo eles estão de volta! Durante o mês de agosto, Arilson Lopes e Luciano Pontes deixam o nariz vermelho de lado para encarnar outros personagens nos espetáculos As Travessuras de Mané Gostoso e Seu Rei Mandou, da Cia Meias Palavras. A companhia pernambucana usa recursos da literatura, da oralidade e da música de forma bem humorada e em diálogo com a plateia.
As Travessuras de Mané Gostoso é inspirado no teatro popular de bonecos do Brasil, o mamulengo, e na literatura de cordel. A história traz Mané Gostoso, um ‘inventador’ de causos que é apaixonado pela mocinha Anarinae, e Bibiu, um forasteiro que acaba causando uma grande disputa que envolve a fofoqueira Comadre Zuzinha e o cabo Zé Firmino. Os bonecos da peça foram concebidos por Rai Bento, artista pernambucano integrante do grupo Giramundo, e esculpidos em madeira de mulungu pelo mestre Tonho de Pombos. O mais divertido é que a plateia, no início da peça, é quem decide (de verdade!) qual dos atores vai encenar o personagem-título da história.
Já Seu Rei Mandou traz para o palco histórias que tratam do universo fabuloso dos reis através de releituras cômicas e poéticas, ora críticas, mas sempre lúdicas. A peça promove um diálogo entre a contação de histórias, a música e o teatro de formas animadas em três contos: A Lavadeira Real, O Rato que roeu a Roupa do Rei de Roma e O Rei chinês Reinaldo Reis. O público é convidado a ser o coautor do espetáculo, ao participar de cenas ou cantar com o elenco, sempre acompanhado pela flauta e tambor do músico Gustavo Vilar.
SERVIÇO
As Travessuras de Mané Gostoso Sesc Consolação (Teatro Anchieta) – Rua Dr. Vila Nova, 245, São Paulo 12, 19 e 26 de agosto, sábados, às 11h Ingressos: R$ 17; R$ 8,50 (meia); R$ 5 (credencial Sesc) e grátis para crianças até 12 anos 50 minutos Especialmente recomendado para crianças a partir de 6 anos 280 lugares
Seu Rei Mandou Sesc Pinheiros (auditório do 3º andar) – Rua Paes Leme, 195, São Paulo 13, 20 e 27 de agosto, domingos, às 15 e às 17h Ingressos: R$ 17; R$ 8,50 (meia); R$ 5 (credencial Sesc) e grátis para crianças até 12 anos 45 minutos Especialmente recomendado para crianças a partir de 5 anos 98 lugares
A peça Refugo Urbano, já recomendada neste Blog, é apresentada na programação do Sesc, em São Paulo.
As apresentações acontecem neste final de semana, 5 e 6 de agosto, às 17h no Sesc Belenzinho, em São Paulo. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados com uma hora de antecedência na bilheteria (Rua Padre Adelino, 1.000, Belenzinho).
Refugo Urbano é uma delicada fábula urbana que nasceu na experiência vivida com intervenções nas periferias da cidade. O palhaço na pele de um lixeiro e de uma moradora de rua. Entre o lixo e os restos de sobrevivência eles se conhecem e, juntos, descobrirão o que há de mágico na trágica crueza das ruas.
Contado pela Trupe Dunavô, o espetáculo foi eleito Melhor Espetáculo Infantil de 2015 pelos leitores do Guia Folha, venceu na categoria “sustentabilidade” o Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem e, nesta mesma premiação, teve Gabi Zanola indicada a melhor atriz.
Gabi Zanola e Renato Ribeiro, integrantes da trupe, participaram do Programa de Formação de Palhaço para Jovens, iniciativa da Escola dos Doutores da Alegria. A dramaturgia é de Nereu Afonso e a preparação corporal é de Ronaldo Aguiar, ambos integrantes do elenco do Doutores da Alegria.
O espetáculo traz ainda brincadeiras circenses, corpo cômico, malabarismo e o divertido jogo do palhaço. Doutores recomenda!
Serviço
Refugo Urbano Sesc Belenzinho – Sala de Espetáculos 2 (Rua Padre Adelino, 1.000, Belenzinho) Sábado, 5 e domingo, 6 de agosto Duração: 55 minutos Classificação: livre Ingressos: gratuitos e retirados com uma hora de antecedência
A recomendação cultural desta semana traz um ator e palhaço que integra o Doutores da Alegria desde 2006.
Arilson Lopes é coordenador artístico da unidade Recife e atua nos hospitais da cidade como Dr. Ado. Mas além da Besteirologia, Arilson também comemora os 15 anos do Coletivo Angu de Teatro, grupo atuante da cena teatral recifense que leva para o palco questões sociais, psicológicas e políticas, questionando valores de uma sociedade conservadora. Entre suas criações está Angu de Sangue, uma adaptação do premiado escritor Marcelino Freire.
De 29 de junho a 15 de julho, o grupo traz a Maratona Angu, uma mostra de seu repertório, ao teatro da Caixa Cultural Recife. O repertório inclui os espetáculos Angu de Sangue, Ossos e Ópera, além de oficinas gratuitas sobre técnica e pensamento teatrais que orientaram a trajetória do coletivo.
A Caixa Cultural fica na Avenida Alfredo Lisboa, 505, no Recife Antigo. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia entrada) e podem ser retirados na bilheteria (telefone (81) 3425-1900).
MOSTRA DE ESPETÁCULOS
Angu de Sangue – 29 e 30/06 às 20h e 1/07 às 17h e às 20h (sessão das 17h com tradução em libras) Multimídia, o espetáculo Angu de Sangue nasceu em 2004. De lá até aqui, a companhia já realizou dezenas de apresentações pelo país, sempre com o forte tom dramático que marca a produção literária do escritor pernambucano Marcelino Freire. As dez histórias que ganham o palco despertam emoções fortes na plateia, sugerindo questionamentos sobre solidão, desigualdade social, descaso e preconceito no cotidiano das grandes cidades.
Ossos – 6 e 7/07 às 20h e 8/07 às 17h e às 20h (sessão das 17h com tradução em libras) A obra de Marcelino mereceu mais um espetáculo do Angu (2016). Em Ossos, o espectador vivencia uma história de amor, exílio e morte, a partir da viagem do dramaturgo Heleno de Gusmão, que sob o pretexto de entregar os restos mortais de seu amante aos familiares, percorre um caminho tortuoso de lembranças e reencontro com suas origens.
Ópera – 13 e 14/07 às 20h e 15/07 às 17h e às 20h (sessão das 17h com tradução em libras) Quatro histórias do autor e dramaturgo pernambucano Newton Moreno, marcadas por uma crítica social contundente e que estimulam o questionamento de valores e dificuldades do nosso tempo, ganham o palco com Ópera. Estreado em 2007, o espetáculo investiga as possibilidades de cruzamento estético entre homoerotismo/sexualidade e teatro, a partir do compromisso com a dramaturgia e com a linguagem contemporânea. O conto que empresta o nome ao espetáculo, por exemplo, trata de um caso de submissão amorosa mantida entre um cantor de ópera e um garoto de programa. É encenado como um melodrama, uma micro ópera pós-moderna, fragmentada e com recursos de metalinguagem.
OFICINAS
Os interessados devem enviar currículo e carta de intenção para o e-mail infos.angu@gmail.com.
Mexendo com o pós-dramático – 1/07 das 9h às 13h inscrições encerradas Sob a orientação do diretor e cenógrafo do grupo, Marcondes Lima, e do ator Ivo Barreto, a oficina está estruturada nas dinâmicas de trabalho desenvolvidas pelo Coletivo, a partir de textos não escritos para teatro. A atividade de caráter prático, com abertura para reflexões e estudos teóricos, é voltada para atrizes, atores, diretoras e diretores iniciantes.
O pensamento dos elementos visuais na cena – 8/07 das 9h às 13h inscrições até 4/07 – divulgação dos selecionados em 6/07 Ministrado por Marcondes Lima, o minicurso vai compartilhar as sistemáticas de concepção dos elementos visuais (cenário, caracterização visual de personagens e iluminação) nos espetáculos do Coletivo, com enfoque maior sobre o trabalho em Ossos. Desafios criativos serão experimentados pelos participantes.
Operando sobre a arte da trucagem – 15/07 das 9h às 13h inscrições até 12/07 – divulgação dos selecionados em 13/07 Exercícios práticos e estudos reflexivos sobre aspectos da cena queer, com foco no domínio de técnicas da arte transformista. É a proposta da oficina, que será facilitada por Marcondes Lima e pelo ator Arilson Lopes. Performers, estudantes de teatro, atores e atrizes profissionais, drag queens e simpatizantes do transformismo são o público-alvo da atividade.
Nando Bolognesi, ou Palhaço Comendador Nelson, integrou o elenco do Doutores da Alegria há alguns anos.
Aos 21 anos, ele descobriu ser portador de esclerose múltipla. Hoje, aos 47 anos, ele traz mais uma vez para o Teatro Tucarena, em São Paulo, o espetáculo Se fosse fácil não teria graça, em que relata como superou as dificuldades da doença degenerativa e incurável. A temporada corre de 1 a 30 de julho, às sextas, sábados e domingos.
Nando usa a experiência como palhaço na vida real para contar, de maneira emocionante e divertida, como tem enfrentado as situações mais corriqueiras. Nesta tragicomédia, já assistida por mais de 20 mil pessoas, ele provoca risos e emoção ao mostrar como dificuldades podem ser transformadas em alegrias, desafios e realizações, e convida a refletir sobre a vida, a morte e a existência humana.
De 1 a 30 de julho de 2017 Sextas e sábados às 21h e domingos às 18h Teatro Tucarena – Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes, São Paulo Duração: 80 minutos Indicação de faixa etária: 14 anos Capacidade: 176 lugares Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia entrada) e R$ 15 (estudantes, professores e funcionários da PUC) bilheteria:terça-feira a domingo das 14h às 20h www.ingressorapido.com.br (11) 4003-1212
Embora seja conhecido nos hospitais de Recife como Dr. Eu Zébio, o ator Fábio Caio também é famoso por seus trabalhos no Mão Molenga de Teatro de Bonecos.
Desde 1986, o coletivo – formado por Fábio Caio, Carla Denise, Marcondes Lima, Fátima Caio – resgata e preserva a tradição dos mamulengos na história do teatro em Pernambuco. O estado é considerado um dos berços do mamulengo, fantoche típico do nordeste brasileiro.
E para celebrar o legado de 30 anos e aproximar o público do trabalho, a mostra “Mão Molenga – Cenas de uma história” está em cartaz em Recife, na Galeria Corbiniano Lins (Sesc Santo Amaro).
Durante seis anos, o Mão Molenga se dedicou a filmar uma série sobre passagens importantes dos 500 anos do Brasil. Cerca de 50 bonecos foram restaurados, entre eles personagens da família real, como Dom Pedro I, Dom Pedro II em várias fases, a princesa Leopoldina, dona Maria I, além de nomes como José Bonifácio, Zumbi dos Palmares, José do Patrocínio e Joaquim Nabuco.
A exposição é gratuita e conta com trechos acessíveis a espectadores surdos ou com baixa audição, e cegos, ou com baixa visão, e poderá ter visitas guiadas sob agendamento para esses públicos específicos. E a comemoração inclui ainda oficinas, debates e apresentações de três espetáculosdo repertório do grupo (Babau, O fio mágico e Algodão doce), além de exposição virtual.
Clique aqui para fazer o download do flyer da programação completa ou veja abaixo.
Exposição “Mão Molenga – Cenas de uma história”
Segunda a sexta, das 9h às 17h, até 28 de julho Galeria Corbiniano Lins (Sesc Santo Amaro – Rua Treze de Maio, 455, Santo Amaro) Entrada gratuita Informações e agendamento: (81) 3216-1728
Oficina Construção de bonecos
20 de maio a 17 de junho, aos sábados, das 9h às 12h Sesc Santo Amaro R$ 40 e R$ 20 (comerciários e dependentes) Inscrições: Sesc Santo Amaro ou pelo telefone (81) 3216-1728
Roda de conversa: 500 anos, a série – Os bonecos no audiovisual pernambucano
23 de maio às 19h Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro) Entrada gratuita
Debate sobre teatro de animação em Pernambuco
31 de maio às 19h Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro) Entrada gratuita
Lançamento da exposição virtual
30 de junho às 17h Galeria Corbiniano Lins (Sesc Santo Amaro)
Espetáculo “Babau”
27 de maio às 16h Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro) R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
Espetáculo “O fio mágico”
28 de maio às 16h Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro) R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
Espetáculo “Algodão doce”
28 de julho às 10h Teatro Marco Camarotti R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
Ator, palhaço, escritor, ilustrador, designer gráfico e contador de histórias. Luciano Pontes, conhecido nos hospitais recifenses como Dr. Lui, é o dono desse currículo. E ainda tem mais um: é besteirologista.
Autor de diversos livros infantis, Luciano lançou semana passada, durante a Jornada Potiguar de Leitura e Educação, o novo livro “Uma Andorinha Só”, pela editora Comunique.
O ditado popular “uma andorinha só não faz verão” serviu de inspiraçãopara falar sobre o poder da natureza e da criação. O livro ilustrado tem 38 páginas e foi impresso em apenas duas cores (preto e verde). A terceira cor vem do próprio papel kraft, que lembra os tons e a textura da terra.
Além da escrita, ele também assina as ilustrações e o projeto gráfico do livro.
Ahistória conta o surgimento repentino de uma árvore no meio de terra seca e vazia, que segue crescendo com ajuda da chuva, do sol e do vento. Com frases curtas e analogias, Luciano constrói um texto poético e crítico, alertando para as ações individuais e coletivas que podem modificar o planeta.
A oralidade e contos populares sempre foram um campo de investigação do autor para seus livros e espetáculos teatrais. “As histórias da tradição oral constituem um patrimônio da alma brasileira, por ela aprendemos sobre os mistérios, poder, amor e sonhos de um povo que sabe o que dizer”, conta ele.